Artigos

J. S. Bach, o limite!

Escrito por João Neutzling Jr*27 de Fev de 2024 às 10:38
Artigos
Bach é o limite, intransponível, insuperável.
 
 

Johann Sebastian Bach nasceu em 21 de março de 1685, século XVII, em Eisenach na Turíngia, uma das mais belas regiões da Alemanha. Desde jovem mostrou talento para a música clássica e tornou-se estudioso dos compositores da época e criou a maior obra musical do planeta. Insuperável até hoje.
J. S. Bach era tão versátil que foi organista, cravista, Kapellmeister (mestre de capela), regente, professor de música, violinista e violista no Sacro Império Romano-Germânico.
Ele compôs mais de 1.100 peças, entre oratórios, concertos, tocatas, cantatas, etc., todas registadas no BWV - Bach-Werke-Verzeichnis (Catálogo de Obras de Bach). Sua música sempre foi impregnada de uma profunda fé luterana e devoção a Jesus Cristo como se observa na cantata “Jesus Alegria dos Homens” de 1723 e em “As ovelhas podem pastar em paz” inspirada nos salmos da bíblia. Ele sempre assinava suas obras com S.D.G. - Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus).
Extraordinária composição são “Os Concertos Brandeburgueses” de 1718 dedicados ao Marquês Christian Ludwig de Brandeburgo. Os Seis concertos são a expressão máxima do barroco alemão merecendo destaque o concerto nº 3 em sol maior, concerto nº 1e nº 2 em fá maior onde 20 instrumentistas em violinos, violoncelo, fagotes, oboés, flautas e cravos conduzem o ouvinte em um passeio pela melhor música de câmara barroca do século XVII.
A sua obra-prima é “A Paixão de São Mateus”, um oratório onde se narra a crucificação e morte de Cristo, inspirado no evangelho de Mateus, elaborada em 1727, e tem quase três horas de duração. Trata-se da maior, melhor, mais completa e mais perfeita composição musical da raça humana. O ápice musical da humanidade.
A sua mais bela interpretação foi com a sociedade coral de Neubeuern do Munique Bach College com regência de Enoch Zu Guttemberg (2002). Na sua execução, noventa instrumentistas atuam com o coral de mais cem vozes onde tenores, sopranos e barítonos interpretam Pôncio Pilatos, Judas, Caifás (sumo sacerdote), entre outros personagens bíblicos, na crucificação de Cristo.
Bach teve dois casamentos (o segundo com a prima Maria Bárbara) dos quais resultaram 21 filhos! Morreu em 1750, aos 65 anos, completamente cego. Não acumulou fortuna, pelo contrário, sua viúva ficou em má situação financeira depois da sua morte.
Está sepultado na Igreja luterana de São Tomás (Thomaskirche) em Leipzig, na Saxônia (Sachsen).
Outro compositor alemão famoso, Ludwig V. Beethoven, por seu turno, nunca casou e nunca teve filhos e morreu completamente surdo.
O compositor austríaco W. A. Mozart disse: “Quando os anjos tocam para Deus, eles tocam Bach”!
J. S. Bach ao lado de Beethoven, Vivaldi e Mozart formam o núcleo de aço da música erudita.
Nunca, nenhum ser humano na história criou uma obra musical tão complexa, bonita, harmoniosa, completa e perfeita quanto Bach. E nunca ninguém vai criar nada maior e melhor que a obra de Bach.
Assim como o mestre dos pincéis é Picasso, assim como a montanha mais alta é o Everest com 8.848 metros, assim como Pelé é o maior jogador de futebol da história, nunca existiu nenhum músico ou obra musical maior que Bach.
E nunca haverá.
Por que Bach é o limite, intransponível, insuperável.
Absoluto.



*Economista, bacharel em Direito, Mestre em Educação, Auditor Estadual, Pesquisador e Professor. 

jntzjr@gmail.com

   

 

Mais Noticias

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.

Política de Privacidade