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Controle em Foco no debate do Leilão de Libra

Escrito por Ceape TCE/RS15 de Out de 2013 às 13:07
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   A se realizar o leilão de Libra, marcado para o próximo dia 21, o governo brasileiro entregará para o cartel das multinacionais a propriedade da maior parte do petróleo a ser extraído do campo recém-descoberto e o maior do mundo, com 15 bilhões de barris O alerta é do ex-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Fernando Siqueira, em entrevista, nessa segunda-feira, 14, ao programa Controle em Foco. Siqueira considera ainda, completamente, desnecessária a realização do leilão.  Siqueira justifica que o  Brasil tem autossuficiência em petróleo para os próximos 50 anos. "Não precisamos pesquisar mais petróleo em curto prazo porque a Petrobras já descobriu 60 bilhões de barris no pré-sal (Tupi – 9bi; Carioca - 10bi; Franco - 9bi; Libra - 15bi; Sapinhoá - 2bi; Iara - 4bi; área das baleias - ES – 6bi; outros 6bi), que somados aos 14 bilhões existentes antes do pré-sal, nos dão essa independência.

   O dirigente lamenta ainda que os lucros do pré-sal não serão destinados a sanar o déficit social do país: "Isso porque além dos Royalties, a empresa vencedora deverá pagar, à vista R$ 15 bilhões, que serão destinados ao pagamento da dívida pública. "O Brasil está fazendo do petróleo uma moeda para manter o superávit primário", justifica o dirigente.

  O patrimônio nacional que, conforme Siqueira, está sendo rifado pelo governo Dilma, está avaliado em R$ 4 trilhões " Se a Petrobrás fosse encarregada de produzir o pré-sal, os lucros seriam reinvestidos na país, permitindo recursos para a saúde, educação, segurança e infraestrutura", avalia Siqueira.

 A análise de Siqueira é compartilhada por Raul Bergmann, diretor da Aepet, que acrescenta que a propriedade da maior parte do petróleo produzido será repassado para interesses externos, perdendo-se portanto seu poder geopolítico que poderia mudar o nível de inserção do Brasil no cenário macroeconômico internacional e todos os benefícios daí decorrentes.

   Outro agravante é que não se está discutindo um projeto de País que queremos, e com isso a utilização do resultado dessa riqueza, que é finita, poderá desperdiçado, invés de ser investido para o desenvolvimento sustentado do País, que garantisse com justiça social uma elevada qualidade de vida para toda a população, em caráter permanente.

Ouça o programa: http://migre.me/gkKcv

   

 

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