Depois de uma reunião com entidades sindicais de várias categorias, realizada nesta quarta-feira, (29/7),  na sede do Cpers Sindicato, a Coordenação Unificada dos Servidores Públicos do Estado (formado por líderes sindicais de várias áreas) decidiu fazer uma paralisação já na próxima segunda-feira, caso o parcelamento do salário do funcionalismo seja confirmado pelo governo do Estado - que deve se pronunciar oficialmente sobre o tema nesta quinta-feira (30/07).

"Com um número excelente de funcionários públicos, decidimos que, se o atraso no salário dos servidores se confirmar na sexta-feira, vamos paralisar as atividades segunda-feira. Todas as categorias que puderam parar, já que o tempo para se mobilizar é exíguo, vão parar. As demais vão se manifestar de alguma maneira, demonstrando repúdio à ação desrespeitosa de atrasar salários", anunciou a presidente do Cpers, Helenir Schürer.

Além disso, os servidores projetaram um cronograma de ações até o dia 18 de agosto, quando deve acontecer uma assembleia unificada no Largo Glênio Peres ? que pode decidir inclusive pela greve geral. "Vamos ter uma série de atividades preparatórias para o grande evento, que é a assembleia unificada, que certamente vai entrar para a história do Estado", complementou Helenir.

Nesta quinta-feira (30/07), às 10h, várias categorias devem se solidarizar com o protesto dos funcionários do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), que fizeram o primeiro protesto da categoria ontem.

"Nossa definição é estar amanhã no ato no Caff. E, na manhã da próxima segunda-feira, neste dia de paralisação das atividades, vamos realizar uma grande manifestação em torno do Caff", destacou o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs), Sérgio Arnoud.

De segunda-feira em diante, cada entidade sindical vai realizar reuniões regionais nas principais cidades do interior do Estado, ouvindo a posição dos profissionais que trabalham fora da Capital. "Terça, quarta e quinta-feira (da semana que vem), vamos ter nossas plenárias regionais. Na semana seguinte, dias 11, 12 e 13/08, também. E, no dia das plenárias, os servidores vão deflagrar paralisações", explicou Helenir.

Entre as categorias, as que estavam mais revoltadas com a possibilidade de atraso no pagamento dos salários eram os agentes de segurança - tanto policiais quanto agentes penitenciários.

"Nossa orientação (dos profissionais da segurança pública) para a assembleia unificada é a greve geral. Temos um grupo bem consolidado dos trabalhadores da segurança, que vem aumentando de força por causa dos atentados contra os direitos e a dignidade dos trabalhadores do Estado", adiantou o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul, Flávio Berneira.