Dando prosseguimento às discussões sobre a crise financeira do Estado, o CEAPE–Sindicato participou nesta terça-feira (10/10) de reunião com o presidente da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da ALERGS, Deputado Marcelo Moraes. No encontro participaram as  seguintes entidades: Federação Nacional dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil (FENASTC), Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do RS (Afisvec); Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Tributária do RS (Sindifisco/RS), Associação do Ministério Público do RS (AMP); Associação dos Oficiais da Brigada Militar (Asofbm);  Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Adpergs); Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul (Apergs).

O presidente da Comissão de Finanças afirmou aos interlocutores que também é contrário à renegociação da dívida que está sendo assinada entre o governo estadual e a União. “No meu entender é uma renegociação que atende a este governo, mas não resolve o problema financeiro do Estado”, salientou Marcelo Moraes. Ele aconselhou a comissão de servidores a visitar as bancadas na AL para mostrar os problemas deste acordo com a União. Moraes acredita que o projeto de renegociação deverá ser votado em 15 ou 20 dias.

O presidente da ASSOFBM, Marcelo Gomes Frota observou que conjunto das entidades que estiveram na visita compõe a alta gestão do Estado do Rio Grande do Sul. “É um grupo de pessoas que, pelas áreas onde atuam, podem colaborar muito neste momento”, salientou.

O presidente do CEAPE-Sindicato, Josué Martins, ressaltou que o acordo da dívida feito em 1998 já retirava a autonomia financeira e administrativa do Estado e, agora, o novo acordo irá aprofundar este modelo, resultando numa conta ainda maior a ser paga. Ele aproveitou para repassar ao parlamentar um exemplar da última edição da revista Achados de Auditoria, na qual trata deste assunto em artigo.

O presidente da FENASTC, Amauri Perusso, fez uma crítica ao regime de recuperação fiscal proposto pela União, destacando que a adesão significa ampliar o endividamento sem apresentar solução para o problema e comprometendo ainda mais o futuro do RS.

O presidente do Sindifisco-RS, Celso Malhiani, apresentou um trabalho da entidade que, para além do controle sobre a despesa pública, prevê um potencial de elevar a arrecadação em R$ 5 bilhões/ano.

O grupo de entidades segue contatando deputados e Chefes de Poder em busca de soluções para a crise do RS.