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Eleita, nova ministra do TCU adota discurso governista

Escrito por Ceape TCE/RS13 de Jun de 2012 às 04:36
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A deputada federal Ana Arraes (PSB-PE) foi eleita ontem ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) pelo plenário da Câmara. E, em suas primeiras declarações, adotou uma postura crítica em relação à paralisação de obras públicas determinada por órgãos de controle como o próprio TCU.

Ana, mãe do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e integrante da base governista no Congresso, disse preferir evitar que as obras sejam interrompidas. Ela defendeu cuidado por parte do TCU nos julgamentos. Segundo ela, o tribunal deve fazer uma fiscalização paralela à obra, permitindo que ela não seja paralisada e, simultaneamente, corrigindo suas falhas.

“Quando não paralisa, não causa prejuízo financeiro, não causa prejuízo social”, disse a nova ministra doTCU. “A paralisação às vezes sai mais cara.” A posição de evitar a paralisação de obras com irregularidades também é defendida pelo governo federal.

Para assumir o cargo de ministra do TCU, que é vitalício, Ana terá de renunciar ao mandato na Câmara. O TCU é o órgão federal que fiscaliza as contas do governo federal. Tem o poder, dentre outras atribuições, de recomendar a paralisação de obras com suspeitas de irregularidades (quem referenda a paralisação é o Congresso).

222 votos

Ana Arraes foi eleita com 222 votos e substituirá Ubiratan Aguiar, que se aposentou. Em segundo lugar ficou Aldo Rabelo (PCdoB-SP), com 149 votos, e em terceiro Átila Lins (PMDB-AM), 47. O candidato do movimento “Ministro Cidadão”, o auditor do TCU Rosendo Severo, apesar do apoio de dois partidos, só conseguiu 10 votos. Damião Feliciano (PDT-PB) obteve 33 votos e Milton Monti (PR-SP), 30. O paranaense Osmar Serraglio (PMDB) chegou a anunciar que seria candidato, mas acabou não concorrendo.

A eleição de Ana serviu para medir o “poder de fogo” de seu padrinho, o filho Eduardo Campos. O governador de Pernambuco conseguiu mobilizar em torno de sua mãe o apoio de governadores, secretários de estado, prefeitos, vereadores, presidentes de partido e até do ex-presidente Lula.

Traição

Se mostrou a força de Campos de um lado, a votação provocou um racha no PMDB. O candidato do partido, o deputado peemedebista Átila Lins, conseguiu apenas 47 votos. A bancada do PMDB na Câmara tem 80 deputados.

Lins acusou o partido de tê-lo traído. Segundo ele, apenas 20 dos votos que recebeu vieram do PMDB. “É uma decepção. Dos votos que recebi o PMDB só foi responsável por 20, os demais vieram de amigos [de outros partidos]. É difícil qualquer outra justificativa que não seja uma ação coordenada de traição e isso eu não aceito.”

   

 

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