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Dia Internacional da Mulher - Um dia para Refletir

Escrito por CEAPE-Sindicato08 de Mar de 2018 às 09:43
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O Dia Internacional da Mulher é, antes de tudo, uma data para reflexões. Ainda vivemos num mundo desigual em salários, condições de trabalho e oportunidades para homens e mulheres, ricos e pobres.

Na linha destas reflexões trazemos hoje, dois estudos desenvolvidos pela ONG britânica Oxfam relativos às condições femininas no mundo atual.

Há um caminho importante de lutas pela frente para diminuir as desigualdades! Façamos deste 8/3 um desses momentos!

Os direitos das mulheres estão particularmente em risco com a austeridade

O Brasil, que já é um dos países mais desiguais do mundo, corre o risco de voltar para o Mapa da Fome, deixar pessoas sem acesso a medicamentos e mulheres vítimas de violência, em sua maioria negras e jovens, desprotegidas. Esses são alguns dos efeitos perversos da Emenda Constitucional 95 ('teto dos gastos'), que congela investimentos públicos por 20 anos e completou um ano de vigência.

Com relação às mulheres, o documento aponta:

•O Brasil tem a quinta taxa mais alta do mundo de homicídios de mulheres. Na década encerrada entre 2003 e 2013, a taxa de homicídio de mulheres cresceu 21% e hoje é 2,4 vezes mais alta do que a média global. Metade dos homicídios foi cometida por familiares e um terço por outras pessoas que conheciam a vítima. Mulheres jovens apresentaram as maiores taxas. Embora para as mulheres brancas tenha tido algum progresso, as mortes de mulheres negras aumentaram em 54% (Dossiê Feminicídio, 2017).

•Entre 2014 e 2016, os programas de direitos das mulheres enfrentaram uma redução orçamentária de 40%. Para cada R$ 1 cortado do orçamento das políticas para as mulheres entre 2015 e 2016, os pagamentos do serviço da dívida aumentaram em R$ 1.350.  O orçamento do Programa de Políticas para as Mulheres de 2017 foi inicialmente estipulado em R$ 96,5 milhões. Entretanto, apenas R$ 32,2 milhões foram efetivamente liberados. Com uma alocação orçamentária tão baixa no primeiro ano da “Lei do Teto dos Gastos”, é altamente improvável que nos próximos anos sejam alocados orçamentos adequados à promoção das políticas para as mulheres.

•O número de serviços especializados oferecidos a mulheres sofrendo de violência já foi reduzido em 15% em decorrência dos cortes orçamentários. Isso significa que, enquanto os casos de violência contra a mulher vêm aumentando, o número de serviços oferecidos em seu apoio vem decrescendo.

Clique aqui para ler o documento na íntegra

Desigualdades no mercado de trabalho

•O estudo da Oxfam, divulgado no último mês de janeiro, aponta que a igualdade entre homem e mulher no mercado de trabalho pode demorar 217 anos para ser suprimida. Atualmente, nove em cada dez magnatas em todo o mundo são homens. E, ainda de acordo com o estudo, caso as mulheres fossem remuneradas para fazer serviços domésticos, por exemplo, seriam injetados US$ 10 trilhões na economia mundial.

•Além de receberem salários inferiores, as mulheres também têm menos posses de terras, menor participação em ativos financeiros e bens e costumam assumir cargos com remuneração mais baixa, como o de doméstica.

•O levantamento da Oxfam, baseado em um relatório do Fórum Econômico Mundial, mostra que as mulheres representam 83% dos 60 milhões de trabalhadores domésticos em todo o mundo.

Clique aqui para ler o resumo do estudo já publicado

   

 

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