As organizações da sociedade (Centrais Sindicais, Confederações, Federações, Sindicatos, Associações profissionais e de bairro) estão construindo um dia de Greve Geral contra o conjunto de políticas que o atual governo federal tem tentado aprovar no Congresso Nacional, em especial as reformas da previdência e trabalhista.

Desde que assumiu o poder, fundado no documento “Uma ponte para o futuro”, o Governo Federal tem tentado implantar uma verdadeira revisão ilegítima do pacto social estabelecido na Constituição Federal de 1988. Ilegítima, por não ter sido objeto de discussão na última Campanha Eleitoral. O mesmo fenômeno acontece no RS.

O fundamental das iniciativas, tanto lá como aqui, significa aprofundar a fatia dos orçamentos públicos destinada aos setores rentistas da sociedade.
Segundo dados da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, no seu já conhecido gráfico em pizza, em 2015 a União destinou 42,43% de seus gastos para pagamento de juros e amortizações de sua dívida. Em 2016 foram 43,94% e para 2017 está previsto gastar 50,66%. Mais da metade! Mantidas as previsões, serão mais de R$ 1,7 bilhão.

Enquanto isso, promoveu a toque de caixa a aprovação da PEC do Teto dos Gastos públicos no ano passado. Detalhe importante: teto para as despesas primárias, aquelas que atendem às necessidades de bem-estar social do povo brasileiro. E nenhum limite para os gastos financeiros, aqueles que atendem aos rentistas!
Mas para dar consequência à compressão dos gastos primários e ao desmonte do incipiente estado de bem-estar que se pretendia em 1988 será necessário suprimir direitos previdenciários e trabalhistas.

As contrarreformas da previdência e trabalhista em discussão no Congresso estão ocorrendo de forma extremamente açodada, com cortes significativos de direitos, promovidas por um governo sem legitimidade para tanto. Só um amplo movimento de massas será capaz de impedir o retrocesso de direitos que decorrerão de sua aprovação.

Dados fornecidos pelo Ministério da Fazenda, a pedido de deputados integrantes da Comissão Especial da Câmara de Deputados que analisa a PEC 287/16, revelam a completa ausência de cálculos atuariais que embasassem as projeções do governo. Além disso, os dados apresentados continham superestimação das projeções de despesa e subestimação das projeções de receitas da previdência. Ou seja, o chamado suposto déficit da previdência social está superestimado nos cálculos do Governo. Veja nota técnica publicada no site do CEAPE-Sindicato, produzida por especialistas (http://www.ceapetce.org.br/noticias/nota-t%C3%A9cnica-questiona-propostas-da-reforma-da-previd%C3%AAncia/ ).

Repetimos: só um amplo movimento de massas poderá barrar o conjunto de propostas ilegítimas que estes governos pretendem aprovar.

Vamos nos encontrar ao meio dia em frente ao Prédio Sede do CEAPE-Sindicato e caminhar com nossas bandeiras até o grande ato que será realizado na próxima sexta-feira, 28/4, na Esquina Democrática.

Antes disso, 10h30, a Diretoria do CEAPE-Sindicato estará junto com as entidades da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública em Ato em frente ao Foro Trabalhista de Porto Alegre (Av. Praia de Belas, 1432).Convidamos os colegas para também participarem desta atividade. Clique aqui para saber mais.

Aos colegas dos Serviços Regionais do interior indicamos se juntarem aos movimentos locais que devem se realizar nas respectivas praças centrais.
O momento é de luta para evitar retrocessos