Foto: PROGRAMA ESFERA PÚBLICA
Carrion acredita que é preciso acabar com o butim político que promove a distribuição de vagas de conselheiro do TCE
Constitucionalista lamenta que 30% dos conselheiros estejam sob algum tipo de investigação
Renovação das vagas para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado segue motivando discussões quanto aos critérios de sua concessão. De acordo com o constitucionalista e profesor de Ciência Política da UFRGS, Eduardo Carrion, cerca de 30% dos conselheiros dos Tribunais de Contas do país estariam sob investigação. Ele considera isso um absurdo, pois para fiscalizar as contas públicas é preciso ter conduta ilibada. Em entrevista ao Programa Esfera Pública, destacou que o acerto de distribuição de vagas faz parte do “butim” entre os partidos políticos. Na opinião do especialista estamos perdendo em qualidade do serviço público e prejudicando o trabalho dos auditores que fazem um trabalho técnico importante para o governo e a sociedade.
Já o deputado Daniel Bordignon (PT), que também participou do programa no Estúdio Cristal, destacou que a ideia é fazer um edital que recebesse inscrições de todos os postulantes ao cargo e não apenas os indicados políticos. Afirmou que se for mantido esse sistema a maioria continuará fazendo acordos para indicar apadrinhados políticos. Segundo Bordignon, a vaga não deve ser um prêmio para deputados em fim de carreira.
